terça-feira, 9 de setembro de 2014

Minha história no Instituto de Educação
Cristina Fraiha Pereira Pinto[1]



Ano de 1979. Tudo novo. Escola nova. Uniforme novo. Lá ia uma menina tímida e que usava maria Chiquinha seguindo em direção de um colégio grande e cor-de-rosa. “ – Quem será que vai ser a minha professora?” Era a pergunta que não queria calar...
Maria Dolores de Almeida, minha primeira professora que elogiava os meus escritos e ao mesmo tempo chamava a minha atenção por não compreender a lógica da matemática.
“ – Essa menina parece que vive com a cabeça nas nuvens!”, ela dizia. E estava certíssima. Sempre a imaginação e a fantasia me rondavam, mesmo que eu não quisesse. Ano de 1986. Final de etapa para quem formava no antigo ginasial. Eu queria buscar novos caminhos. Deixei o colégio para ir fazer o curso científico que não existia na época no IEMG. Último dia de aula. Rabiscos e assinaturas na camisa do colégio. Amizades marcantes, vivências que eu jamais esquecerei e que vão me acompanhar pelo resto da vida.
Professores que entregavam a alma ao seu oficio. Amavam o que faziam. Dava para perceber nos olhos brilhantes da professora Cleide que ensina História: “ – Meninos, D. Pedro I tinha catorze nomes”... E dizia todos eles. Que saudade da calma dela para nos ensinar a sua matéria. Os primeiros contatos com a língua inglesa foram através da professora Hortência Werneck. Tudo o que aprendi de inglês devo a dedicação dela.
Através dos professores do Instituto de Educação de Minsa Gerais consegui incentivo para desenvolver a minha paixão pela leitura e escrita. Completei minha jornada estudantil (pelo menos era isso que eu achava na época) – em 1996, quando terminei o curso de jornalismo na Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Trabalhei na área jornalística no interior mineiro e em jornais de grande circulação como no extinto Diário da Tarde e no Estado de Minas. A vida me levou para outros caminhos, mas lá dentro do meu coração estava pergunta: “ – E a literatura? E a língua portuguesa que você tanto ama?
Voltei a estudar em 2007 e completei o curso de Letras em 2011 pela Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte. Obtive licenciatura dupla em língua portuguesa e língua inglesa e suas respectivas licenciaturas. Eu pretendo continuar incentivando as pessoas a se apaixonarem pelas letras. Fui uma pessoa digna de sorte porque tive mestres que fizeram nascer em mim essa estrondosa curiosidade, emoção e paixão pela arte de escrever e ensinar. Espero que as pessoas tenham consciência de que ensinar é aprender, antes de qualquer coisa. Devemos ter orgulho da profissão de professor. Não devemos deixar que a desvalorizem.
Atualmente tenho a felicidade de fazer parte do grupo de professores do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG). Espero aprender sempre e oferecer um pouco do que sei para ajudar os alunos que estamos formando. Quero contribuir com o ensino desta casa cor-de-rosa que é um pouco da minha.

A Escola de Aperfeiçoamento foi provavelmente a primeira experiência no Brasil de implantação de instituição de ensino superior no Brasil. A escola funcionou por duas décadas. E foi uma instituição modelo para todo o país.
A Escola de Aperfeiçoamento formou com a Escola Normal Modelo  em 1947 Instituto de Educação de Minas Gerais
A Escola de Aperfeiçoamento foi extinta em 1945, transformando-se no Curso de Administração  Escolar do Instituto de Educação de Minas Gerais, que deu origem, em 1972, ao Curso de Pedagogia daquele Instituto; neste é que Lúcia Casasanta se aposentou, em 1977. A Escola de Aperfeiçoamento,  bem como a atuação de Lúcia Casasanta nessa instituição, é tema desenvolvido na segunda e terceira partes deste trabalho.
Anos depois a Escola de Aperfeiçoamento foi transformado no Curso de Administração Escolar (CAE). Mais tarde originou o Curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Minas Gerais e, na Faculdade de Educação da UEMG.





[1] Ex-aluna do Instituto de Educação de Minas Gerais, professora de língua portuguesa do ensino médio do IEMG, graduação em comunicação social pela PUC-MG e em licenciatura plena em Letras (Português\Inglês) pela Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte.

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