Minha história no Instituto de Educação
Cristina Fraiha Pereira Pinto[1]
Ano de 1979. Tudo novo. Escola nova. Uniforme
novo. Lá ia uma menina tímida e que usava maria Chiquinha seguindo em direção
de um colégio grande e cor-de-rosa. “ – Quem será que vai ser a minha
professora?” Era a pergunta que não queria calar...
Maria Dolores de Almeida, minha primeira professora que elogiava os
meus escritos e ao mesmo tempo chamava a minha atenção por não compreender a
lógica da matemática.
“ – Essa menina parece que vive com a cabeça
nas nuvens!”, ela dizia. E estava certíssima. Sempre a imaginação e a fantasia
me rondavam, mesmo que eu não quisesse. Ano de 1986. Final de etapa para quem formava
no antigo ginasial. Eu queria buscar novos caminhos. Deixei o colégio para ir
fazer o curso científico que não existia na época no IEMG. Último dia de aula.
Rabiscos e assinaturas na camisa do colégio. Amizades marcantes, vivências que
eu jamais esquecerei e que vão me acompanhar pelo resto da vida.
Professores que entregavam a alma ao seu
oficio. Amavam o que faziam. Dava para perceber nos olhos brilhantes da
professora Cleide que ensina História: “ – Meninos, D. Pedro I tinha catorze
nomes”... E dizia todos eles. Que saudade da calma dela para nos ensinar a sua
matéria. Os primeiros contatos com a língua inglesa foram através da professora
Hortência Werneck. Tudo o que aprendi de inglês devo a dedicação dela.
Através dos professores do Instituto de Educação
de Minsa Gerais consegui incentivo para desenvolver a minha paixão pela leitura
e escrita. Completei minha jornada estudantil (pelo menos era isso que eu
achava na época) – em 1996, quando terminei o curso de jornalismo na Pontificia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Trabalhei na área jornalística
no interior mineiro e em jornais de grande circulação como no extinto Diário da
Tarde e no Estado de Minas. A vida me levou para outros caminhos, mas lá dentro
do meu coração estava pergunta: “ – E a literatura? E a língua portuguesa que
você tanto ama?
Voltei a estudar em 2007 e completei o curso
de Letras em 2011 pela Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte. Obtive
licenciatura dupla em língua portuguesa e língua inglesa e suas respectivas
licenciaturas. Eu pretendo continuar incentivando as pessoas a se apaixonarem
pelas letras. Fui uma pessoa digna de sorte porque tive mestres que fizeram
nascer em mim essa estrondosa curiosidade, emoção e paixão pela arte de
escrever e ensinar. Espero que as pessoas tenham consciência de que ensinar é
aprender, antes de qualquer coisa. Devemos ter orgulho da profissão de
professor. Não devemos deixar que a desvalorizem.
Atualmente tenho a felicidade de fazer parte
do grupo de professores do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG). Espero
aprender sempre e oferecer um pouco do que sei para ajudar os alunos que
estamos formando. Quero contribuir com o ensino desta casa cor-de-rosa que é um
pouco da minha.
A Escola de Aperfeiçoamento foi provavelmente a primeira experiência
no Brasil de implantação de instituição de ensino superior no Brasil. A escola
funcionou por duas décadas. E foi uma instituição modelo para todo o país.
A Escola de Aperfeiçoamento formou com a Escola Normal Modelo em 1947 Instituto de Educação de Minas Gerais
A Escola de Aperfeiçoamento foi extinta em 1945, transformando-se no
Curso de Administração Escolar do
Instituto de Educação de Minas Gerais, que deu origem, em 1972, ao Curso de
Pedagogia daquele Instituto; neste é que Lúcia Casasanta se aposentou, em 1977.
A Escola de Aperfeiçoamento, bem como a
atuação de Lúcia Casasanta nessa instituição, é tema desenvolvido na segunda e
terceira partes deste trabalho.
Anos
depois a Escola de Aperfeiçoamento foi transformado no Curso de Administração
Escolar (CAE). Mais tarde originou o Curso de Pedagogia do Instituto de
Educação de Minas Gerais e, na Faculdade de Educação da UEMG.
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